terça-feira, 3 de novembro de 2009

Deslinguagem...

Sendo linguagem
 s. f.
1. Expressão do pensamento pela palavra, pela escrita ou por meio de sinais.
2. O que as coisas significam.
3. Voz dos animais.
4. Estilo.

Opto por considerar a «deslinguagem» a ausência do pensamento pela palavra nas suas diferentes formas. E terá sido um ataque agudo de «deslinguagem» que teve a senhora da farmácia que atendeu o António Feio! Será que custava assim tanto, questionar, em caso de dúvida??! O texto, chega a ter humor, não fosse o personagem, quem é, e sem recorrer ao português vernáculo que nos assalta logo a mente ao ler o texto, eu pergunto-me o que afecta o país e as suas gentes, quando parece que a mais pequena questão, tem um preço qualquer oculto, só conhecido porque quem não as formula?!?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A lota de pregões vazios!

Estou cansada de assistir a reuniões em que me sinto no meio de uma lota, como se as pessoas nos lugares ao meu lado estivessem numa banca a jogar pregões ao alto, não para publicitar o bom artigo que vendem, mas antes para deixar claro, não só como não devemos escolher aquele produto, mas antes um outro, que talvez nem esteja disponível numa das bancas presentes!
Que eu saiba, qualquer varina que se preze, tem como objectivo terminar o dia com a banca, bem limpa. É sinal que vendeu bem o seu peixe. Olhando para a analogia atrás, nesta situação seria como se no final do dia, a vencedora fosse a que tivesse todo o seu peixe ainda em plena exibição, rodeado de gelo e viçoso!
Não seria já tempo de não ter medo de vender o que temos na banca? Não é aliás para isso que nos dão a banca?! É assim tão preciso que todos se escudem atrás do balcão, a vender o que não é seu, só para que as eventuais queixas não sejm suas?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fruta, mas só sem caroços!

Já estou quase como a Carolina Patrocínio, não percebo o espanto da entrevista da menina que não concebe o facto da fruta ter caroço, facto que de resto torna a mesma bastante desagradável! Talvez no mundo em que ela habita, existam a breve trecho cerejas transgénicas já sem caroço que possam poupar horas de vida à sua empregada! Afinal já existem uvas sem grainhas!...
E sejamos francos, se existe uma princesa da ervilha, porque não uma Carolina das Cerejas?!


terça-feira, 28 de julho de 2009

São tomates, senhor! tomates


Não daqueles vermelhos que tão bem sabem no Verão, em salada fresca para acalmar o calor! Mas sim, aqueles que representam o calão do tema! É desses que têm falta! Pois são esses mesmos que dão alento para bater o pé quando é preciso e saber levar a estocada de volta, quando a mesma é desferida! Estes e não os que imaginamos num qualquer quintal!
Curiosamente, é exactamente a falta dos ditos, que faz com que todos percam tempo agarrados aos que não têm, a defender quintas, cujo cultivo devia ser alheio!
Não seria melhor ter um pomar de todos, que a todos servisse?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Circo de gestão

Às vezes acho que trabalho num circo que se gaba de formar malabaristas! Temos apresentadores, que gostam de andar engalanados, com as suas cartolas altas e bigodes enrolados que nada mais fazem que não seja a ligação de números, sem aparente nexo, garantindo que no todo têm um espectáculo coeso. Curiosamente, tirando os domadores que gostam de exibir o chicote a torto e a direito, como se isso lhes desse mais importância no espectáculo que tudo o resto, alguns de nós acabam por cair na categoria de malabaristas, onde no espectáculo ao vivo, alguém arranja sempre forma de nos jogar mais bolas que aquelas que estamos habituados a reconhecer em todos os treinos que deixámos para trás!
Para quê insistir em jogar bolas coloridas ao ar, só para testar a resistência da gravidade?

sábado, 23 de maio de 2009

Cântico branco!

Pessoalmente sou mais uma pessoa do "Cântico Negro", embora reconheça que enquanto marcha individual tem o seu encanto, a sua nota de rebelião, ninguém espera que um bom líder tenha como máxima não sei por onde vou...
Mas dizer à boca cheia "sei para onde vou, para onde quero ir e como vou para lá", quando todos os que estão à volta, não deixam de ter de certa forma também humanos e por isso almas com dúvidas, não será de certa forma um endeusar de si próprio?

terça-feira, 12 de maio de 2009

marcar território empresarial

Biologicamente falando, os machos sentem necessidade de marcar território; de deixar o seu cheiro pelos sítios que considera seus de modo a que os machos vizinhos saibam quem manda. Todos nós já vimos os programas do national geographic e sabemos o principio.
Ultimamente tenho constatado que este comportamento não reside apenas nos animais ditos irracionais. Observando o habitat empresarial, tenho que constatar que os gestores e respectivos aspirantes, também gostam de participar num conjunto de mijo, contando e apregoando o número de mijadelas realizadas como se isso por si só mostrasse a sua qualidade! Anda a malta a pensar que o segredo está no MBA, e afinal basta mostrar que se mija mais e melhor!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Gestão pelo bonequinho michelin...

Todos nós conhecemos o bonequinho da Michelin, Bibedum. É uma figura simpática, sorridente, com aquele ar algo bonacheirão que muitas vezes acompanha os gordinhos. Mas todas as figuras têm a sua prateleira de arrumação, o seu sítio. Se Bidebum é uma cara aprazível nos guias e até mesmo a vender pneus, o caso muda de figura se o imaginarmos como uma representação de uma organização e o seu mega-gestor. Ora vejamos se todo o Bibedum for a organização e a cara sorridente o presidente executivo, os ombros o corpo administrativo e por aí em diante, temos uma boa cabeça, que nem consegue ver o seu próprio umbigo tal é o volume dos seus pneus a decidir o destino de todo o seu corpo, ainda que não o veja e por isso mesmo não o conheça! Não é por acaso que o Bibedum olha em frente e quando resolve andar é no minimo banboleante!
Será que queremos uma gestão bamboleante? Dá assim tanta confiança?!