domingo, 18 de março de 2007

Insubstituível: o novo escravo

Como tenho ouvido muitas vezes ultimamente, o cemitério está cheio de insubstituíveis. Creio que me dizem repetidamente a expressão para que aprenda que por vezes, fazer mais um esforço, além de não valer muito só serve para me lixar!

E apesar de ser verdade, de todos nós os sabermos, há sempre uns que são mais insubstituíveis que outros! Um bom barómetro para isso são as férias ou às vezes os pequenos intervalos em que por algum motivo, não podemos estar a trabalhar. Tipicamente existem dois tipos de insubstituíveis: os tipos que trabalham tão mal, que ninguém consegue pegar convenientemente no trabalho deles quando não estão e que por isso mesmo apenas deixam a alternativa de serem melgados; ou aqueles, que por acumularem n coisas com a mania de despacharem serviço, fazem quase sempre faltam, como uma bengala que está ali encostada, pronta a ser utilizada em caso de necessidade. E se um dia, de repente, quando se vai a esticar o braço e o raio da bengala não está lá, a única alternativa é chegar à mesma de alguma forma! Os primeiros, assumindo, que existe alguma justiça e equilíbrio na organização tuga, serão eventualmente dispensados. Já os segundos, sendo mais difíceis de apagar, acabam por ver cimentada a sua posição de apoio, cada vez com mais recurso ao seu papel de bengala, até que mesmo para eles fica claro que entre essa preferência e utilização, pouco mais é que um refinar da escravidão!

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